Sobre os artistas


YARA DEWACHTER

Natural de São Bernardo do Campo (SP), reside e trabalha em São Paulo. Organizou mais de 30 ações e exposições coletivas em diversos estados do país, nos últimos anos como coordenadora do Grupo Aluga-se. Duas vezes premiado pelo Rede Nacional Funarte – residência artística, oficinas e exposição (2012 e 2015), realizou exposições coletivas na Dinamarca (The dirty and bad from São Paulo to Svendborg), São Paulo, Brasília, Museu do Catete no Rio de Janeiro. Apresentou uma ação no Circuito SESC de Artes Visuais por 29 cidades e idealizou o “cantou/levou”, na Av. Paulista, onde o público cantava em troca de uma obra de arte. Em 2017 participou da residência artística em Epecuén na Argentina. e em 2018 idealizou e produziu a exposição “Aluga-se Triplex” na cidade de São Paulo. Em 2022 apresentou a exposição Camélias na Biblioteca Mário de Andrade também na capital paulista. 
A artista trabalha a partir da coleta de imagens próprias ou apropriadas, fruto das andanças pela cidade. A vizinhança do seu espaço de trabalho tem forte influência nos seus pensamentos e ações. Discorre sobre sua infância e a escrita de suas decorrências. O desenho constitui o maior campo da sua produção. Faz retratos diariamente como prática de ateliê e cria também instalações, objetos e fotografias.

 

DUDA OLIVEIRA

Graduado em Artes visuais pela Universidade do Norte do Paraná e atua como artista visual desde 2012, entre exposições coletivas e individuais, inclusive salões de arte com menção honrosa. Esteve em exposições pelo Brasil como no Museu do Catete – RJ, e em mais de cinco cidades com o 2ª Via – projeto idealizado pelo Grupo Aluga-se em 2017 . Em 2021 concluiu sua pós graduação em História da Arte na Faculdade Estácio de Sá.
É ator e bailarino profissional. Cursou Artes Cênicas pelo SESI – SP, e se apresentou em peças premiadas como “Corpo Fechado” e o musical “Noel Rosa Vinte Seis Carnavais”. É bailarino formado pela Escola ESI Dancers – SP. Trabalhou em musicais como “A Bela e a Fera”, “Pinocchio” e “O Mágico de Oz”. Integra o elenco da Turma da Mônica desde 2010, atuando em montagens premiadas como “Mônica e Cebolinha no mundo de Romeu e Julieta.
É diretor e fundador da Cia. Nuvem, onde desenvolve um trabalho de pesquisa em artes híbridas, transitando por dança, teatro, performance, circo, moda, vídeo, teatro físico entre outros. Entre os trabalhos da companhia também se destacam o curta metragem Box (2015), que abordava distúrbios da mente. E a série Alone Project – 1ª e 2ª Temporada (2017/2018), que reúne 34 vídeos-dança. Dirigiu e produziu a peça imersiva O Baile, que ocupou um imóvel no centro de São Paulo na exposição Aluga-se Triplex. Dirigiu o espetáculo imersivo Meninices, da artista Yara Dewachter em outubro de 2020, e performances no Projeto Vira-lata com a mesma artista.

 

EVANDRO PRADO

Artista campo-grandense, residindo em São Paulo desde 2008 é formado em Artes Visuais pela UFMS em 2006. Fez exposições individuais em Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo, como o Programa de Exposições do CCSP 2019. Participou de importantes exposições coletivas e salões de arte como o Rumos Itaú Cultural 2006; 1o Salão do Centro Oeste (GO); Abre Alas na A gentil Carioca (RJ); 65o Salão Paranaense (PR) e 6º Salão de Arte de Goiás – Prêmio Flamboyant, além de exposições coletivas na Dinamarca, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, João Pessoa, e tantas outras, sendo premiado em salões de arte em Cuiabá, Anápolis, Praia Grande, Atibaia e Piracicaba. Integrou residências artísticas em Epecuén, na Argentina e duas vezes através do Prêmio Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2012 e 2015 junto ao Grupo Aluga-se. E ainda, publicou dois livros sobre suas produções artísticas, Tem que manter isso aí, viu? de 2019, e Desmonumento em 2022.
O artista trabalha a partir de questões políticas, religiosas e mercadológicas que se cruzam na tessitura de um discurso plástico, reunindo elementos extraídos da tradição e outros do contexto cotidiano. A manipulação de imagens ocorre com a apropriação de ícones do catolicismo, de personagens históricos ou monumentos. Essa relação com o imaginário, propõe de maneira irônica uma desconstrução e ressignificação das imagens apresentadas na sociedade, que são símbolos de respeito ou devoção. Prado utiliza de diversas técnicas em sua produção, e sua poética questionadora estabelece uma crítica no âmbito da sociedade contemporânea.

 

FELIPE OLIVEIRA MELLO

Artista luso-brasileiro bacharel em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes, vive e trabalha em São Paulo. Teve vivada participação em editais de arte no começo da carreira e exposições coletivas. Fez residência artística em Londres, o que deu origem a série intitulada “MAJESTY”. Vencedor no 21º Festival Cultura Inglesa (2017) e no 2º Prêmio Belvedere Paraty (2011). Realizou algumas exposições individuais em São Paulo – Herdeiros (2013), Majesty (2016), God Save The Queen (2017). 
“Beleza não é luxo, é uma necessidade”, afirma Adélia Prado. Felipe Oliveira Mello ratifica a máxima da poetiza em sua produção, onde a primazia pela estética se manifesta por meio de seu refinamento e precisão técnica, notáveis na composição das imagens, na escolha dos materiais e no próprio fazer artístico. Ainda que o resultado estético possa remeter à mera apreciação da beleza, a pesquisa de Felipe se propõe a discutir seus signos, lança mão do conceito de “luxo” para discorrer sobre o papel deste em uma sociedade que busca em seus símbolos uma sublimação, especialmente na atualidade, onde vivemos tempos de economias emergentes versus decadência dos imperialistas. O valor que determinados materiais expressam os tornam objetos de desejo, conferem poder. O artista demonstra como valores abstratos, como elegância, credibilidade e nobreza são reconhecidos e legitimados pelas pérolas, cristais e outras matérias sacralizadas pelo capitalismo, desde a exploração do ouro no mercantilismo europeu da Era Moderna, passando pela indústria cinematográfica norte-americana nos anos 1950 e 1960, chegando às grifes da alta moda que, não por acaso, é um dos referenciais de Felipe.